segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Homem que abriu fogo em templo nos EUA era ex-soldado americano


Autoridades dos Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que o homem que abriu fogo em um templo religioso  em Wisconsin no domingo é o ex-militar americano Wade Michael Page, 40 anos. Page foi morto pela polícia após matar seis adeptos do sikhismo que participavam de cerimônia religiosa em Oak Creek.

De acordo com as autoridades americanas, Page entrou para o Exército em 1992 e foi dispensado em 1998 por motivos que ainda não foram esclarecidos. Ele trabalhava na manutenção de mísseis, mas depois passou a ser um especialista em operações psicológicas do Exército. Os chamados Psy-Ops são responsáveis pela análise, desenvolvimento e distribuição de inteligência, pesquisando métodos de influenciar populações estrangeiras.




O FBI afirmou que ainda não conseguiu definir as razões de Page para cometer o ataque. Uma testemunha o descreveu como um homem branco, careca e com uma tatuagem relacionado aos ataques de 11 de Setembro em um dos braços.
Uma organização de direitos civis afirmou que Page era um supremacista branco e integrava uma banda racista chamada End Apathy. As informações não foram confirmadas por outras fonte.
Grupos de defesa dos direitos da comunidade sikh relataram um aumento no número de ataques desde os ataques do 11 de Setembro. De acordo com a Coalizão Sikh, que tem sede em Washington, mais de 700 incidentes foram registrados desde então.
A religião tem cerca de 27 milhões de fiéis em todo o mundo, a maioria na Índia. Cerca de 500 mil vivem nos Estados Unidos.De acordo com especialistas, o fato de adeptos do sikhismo usarem barbas longas e turbantes faz com que muitas vezes sejam confundidos com muçulmanos.
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, se disse "chocado e entristecido" pelo ataque. "O fato de este ato de violência sem sentido ter acontecido em um local religioso é particularmente doloroso", afirmou o premiê, que é adepto do sikhismo. "Expressamos nossa solidariedade a todos os americanos amantes da paz que condenaram esse ataque."
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou estar "profundamente entristecido" com o ataque e afirmou que sua administração vai fornecer toda a ajuda necessária para reagir ao episódio e investigá-lo. "Nossos corações estão com as famílias e amigos daqueles que foram mortos e feridos", disse, em comunicado divulgado pela Casa Branca.

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